Porque a música e o cinema andam de mãos dadas. A 22, 23 e 24 de Maio na Fábrica do Braço de Prata. Com Ena Pá 2000, Coldfinger e Linda Martini como "cabeças-de-cartaz" no que à música diz respeito.
Dos Pavement alguém disse um dia que eram os progenitores do que hoje se conhece como movimento indie, por terem sido a primeira banda a gerar um culto considerável à sua volta sem fazer parte de uma editora major. Subejctividades à parte, é inegável que deixaram um legado que ainda hoje se mantém vivo, em parte graças a Stephen Malkmus e aos Silver Jews, para citar os mais óbvios.
Ao fazerem Terror Twilight, com produção de Nigel Godrich (o 6º Radiohead) e participação especial de Jonny Greenwood, os Pavement criaram talvez o seu àlbum mais subestimado. A essência da banda está lá. Das guitarras cortantes de um senhor auto-denominado Spiral Stairs às letras satíricas de Stephen Malkmus, que as debitava com o ar mais inocente do mundo: "beware the head of state says that she believes in leprechauns. Irish folk tales scare the shit out of me", dizia Malkmus em Folk Jam, a canção com o melhor uso de banjo da música contemporânea. Mas também isto é discutível.
Sou um bocado suspeito para falar disto mas, depois de ontem ver um episódio completo, a minha opinião para já é bastante positiva e tem tendência a melhorar...
"Os Contemporâneos" passam na RTP1 aos domingos por volta das 21:30, que é como quem diz depois das "Escolhas de Marcelo". A ver.
Vindos de Novi Sad com uma sonoridade que mistura os primeiros tempos dos Bad Seeds e Leonard Cohen com guitarras àsperas, os Till apresentam-se em Portugal com os portugueses Monomonkey, que apresentam o recém-editado, 'Before we all Implode'.
Já é conhecido o burburinho à volta de 'Mudar de Bina'. Do pouco que ouvi (mea culpa) merece que se oiça e que se veja ao vivo. No Museu do Chiado este sábado.
Este blog nasce do ego de alguém que quer ver os seus gostos expostos. Que as suas paixões venham ao de cima e que gritem que são melhores que o resto. Gostaria de ter razões altruístas para abrir a porta da rua. Mas não tenho. Isto é o que se passa e, desavergonhadamente, é disto que gosto. Este é o cardápio das coisas que deixei por fazer e que agora tento compensar. E está aberto a considerações.