Devotion, 0 àlbum deste ano do duo de Baltimore, mostra uma banda decidida a acabar o que os Mojave 3 começaram. Felizmente para os outonais, apesar do nome, Beach House, o caminho do minimalismo já foi desbravado. Agora é seguir em frente. Com Jana Hunter na primeira parte, não se podia pedir muito mais.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Mitch Mitchell
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Ra Ra Riot, Santiago Alquimista - 10 de Novembro
Mesmo após um entusiasmante EP e uma bem sucedida digressão com os nova-iorquinos Vampire Weekend, os Ra Ra Riot chegaram a Paredes de Coura ainda como ilustres desconhecidos. Do concerto se disse que foi agradável mas não memorável. Talvez a mesma expressão se possa utilizar para classificar The Rhumb Line, o recente longa-duração que não conseguiu provar o que o EP prometia. A sala do Santiago pode ser o palco da prova dos nove.
Six Organs of Admittance, Caixa Económica - 7 de Novembro
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Doc Lisboa 2008
Dura desde a última 5a e prolonga-se até dia 26 de Outubro a 6ª edição do Doc Lisboa. Dividido entre a Culturgest, Cinema Londres e São Jorge, o festival deixa para o encerramento aquela que é, talvez, a sua peça mais mediática, Maradona by Kusturica.
Mais informação aqui.
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Okkervil River - The Stage Names
Quando se pensava que a fórmula folk com piscadelas pop já estaria gasta, eis que uma já semi-veterana banda de Austin, que parecia condenada à penumbra, o desmente com o seu quarto àlbum. Stage Names é no entanto, essencialmente, um àlbum de palavras; um desfile de personagens que se movem entre a realidade e a ficção, onde a música marca "apenas" a banda sonora das suas autobiografias. Toda esta atmosfera cinematográfica é magistralmente desenhada pela pena de Will Sheff, um dos letristas mais inspirados e subestimados da música actual. Do retrato de infância em Our Life is not a Movie or Maybe à crise de meia idade em A Hand to take Hold of the Scene, passando pelo falsamente inocente jogo de palavras em Plus Ones, este àlbum corre lentamente até à sua última e melhor canção, em que Sheff nos conta na primeira pessoa o suícidio do poeta americano John Berryman (née John Allyn Smith), terminando numa apoteótica homenagem aos Beach Boys ao som de um distorcido Sloop John B.
by the second verse, dear friend, my head will burst, my life will end...
by the second verse, dear friend, my head will burst, my life will end...
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Festa do Cinema Francês
Começa já esta Quinta-Feira e prolonga-se até dia 2 de Novembro, em vários pontos do país, a Festa do Cinema Francês, mostra de cinema (e não só) organizada pelo Instituto Franco-Português. A Festa divide-se pelas cidades do Porto, Almada, Coimbra, Faro e Lisboa, sendo que na capital a programação se divide pelo cinema São Jorge e pela vizinha Cinemateca e estende-se até dia 12 de Outubro.
O destaque do certame vai para as 25 ante-estreias apresentadas sendo a primeira delas a obra de abertura do festival, Mulheres de Guerra (na foto) de Jean-Paul Salomé. De destacar também a presença de Cédric Klapisch com Paris e ainda Promets-Moi, uma produção servo-francesa com realização a cargo do mestre Kusturica.
Mais informação aqui.
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segunda-feira, 25 de agosto de 2008
MOTELx, Cinema São Jorge - 3 a 7 de Setembro
Organizado pelo CTLX (Cineclube de terror de Lisboa), o MOTELx é um festival internacional dedicado ao cinema de terror, género que conseguiu criar e manter uma fiel legião de seguidores pese a ser reponsável por alguns dos maiores absurdos cinematográficos de que há memória. Seria, no entanto, injusto limitar o género aos típicos filmes de serial killers em campus de faculdades e a oferta deste festival permite compensar isso mesmo. "Das grandes produções aos independentes, do clássico ao experimental, do culto às novas tendências", é assim auto-descrito um festival que se propõe abrangente dentro do género.
Fica a proposta para a rentrée lisboeta.
Fica a proposta para a rentrée lisboeta.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Gotye - Hearts a Mess
Situação: 1 e picos da manhã; ensonado e deitado no sofá a ver tv; zapping intenso que dura há algumas horas;
Eis que páro na MTV Two cujo videoclip, e sonoridade da música, que está a passar me desperta alguma curiosidade; às vezes basta um instante, uma ou duas frames, duas ou três notas para saber que se vai gostar do que se vai passar...tal como aconteceu com o Green Grass of Tunnel dos Múm.
Por enquanto gosto; também sei que provavelmente não será por muito e que daqui a uns tempos já não a vou conseguir ouvir.
Por enquanto aqui fica:
Eis que páro na MTV Two cujo videoclip, e sonoridade da música, que está a passar me desperta alguma curiosidade; às vezes basta um instante, uma ou duas frames, duas ou três notas para saber que se vai gostar do que se vai passar...tal como aconteceu com o Green Grass of Tunnel dos Múm.
Por enquanto gosto; também sei que provavelmente não será por muito e que daqui a uns tempos já não a vou conseguir ouvir.
Por enquanto aqui fica:
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Wolf Parade - At Mount Zoomer
Após intensas audições, umas cuidadas outras histéricas, apetece gritar àlbum do ano a plenos pulmões ao novo rebento da dupla Boeckner-Krug, uma espécie de Lennon & McCartney do indie de Montreal. Confesso que me desperta alguma curiosidade saber se este àlbum vai ser referenciado nas inevitáveis listas de final de ano das publicações musicais. Algo me diz que este At Mount Zoomer vai passar quase anónimo e que kissing the beehive vai ser a melhor canção de sempre que nunca ninguém ouviu.
OST Balnear Season 2008
Visto que nenhum jornal desportivo me abordou sobre qual o meu destino secreto de férias, qual a minha viagem de sonho ou que livros me acompanham durante as férias (segundo dados do INE, cerca de 115% dos futebolistas profissionais responderam o Código da Vinci ou a biografia de Diego "Divine-Hand in your face brits" Maradona), decidi antecipar-me e publicar a minha mixtape, ou as canções que me acompanham durante estes últimos tempos.
Band of Horses - ode to lrc
Stephen Malkmus & The Jicks - hopscotch willie
Sunset Rubdown - swimming
Bon Iver - flume
Bonnie Prince Billy - death to everyone
Swan Lake - all fires
Wolf Parade - bang your drum
The National - gospel
MGMT - of moons, birds & monsters
We Are Wolves - magique
Leonard Cohen - who by fire?
Tom Waits - chocolate jesus
Why? - brook & waxing
Robert Johnson - dead shrimp blues
Okkervil River - plus ones
Sérgio Godinho - espalhem a notícia
New Pornographers - the jessica numbers
Fausto - quando às vezes ponho diante dos olhos
Radiohead - videotape
Panda Bear - comfy in nautica
Ornatos Violeta - notícias do fundo
Badly Drawn Boy - 40 days & 40 fights
songs are never quite the answer, they're just a soundtrack to a life
p.s: o livro que me acompanha durante as férias são os contos de Oscar Wilde. Jornal 'O Jogo', be my guest.terça-feira, 22 de julho de 2008
Documentário no CCB
Durante o mês de Agosto, aos fins de semana, o cinema documental tem um espaço próprio no Centro Cultural de Belém. Às 6as e domingos a Apordoc, em colaboração com o doclisboa, prepara sessões temáticas dedicadas a diferentes países, para serem exibidas no pequeno auditório. Entre o cartaz está Ônibus 174 (ver foto), documentário do realizador sul-americano do momento, José Padilha, responsável por Tropa de Elite.
Fica uma proposta para o preguiçoso Agosto lisboeta. A entrada é livre.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Bonnie Prince Billy, ZdB - 11 e 12 de Julho
Will Oldham vem a Portugal na pele do mais famoso dos seus alter egos, Bonnie "Prince" Billy. O prolífico músico do Kentucky acaba de editar o já aclamado Lie Down in the Light, para juntar a um extenso e meritório catálogo discográfico. Com uma carreira feita na sombra (e não de sombras), Oldham nunca foi apanhado na febre dos songwriters, que revelou por exemplo Devendra Banhart ou Rufus Wainwright, nem na vaga que elevou o indie a mainstream, fenómeno mais recente, acabando por se manter num patamar paralelo. Curiosamente, nos dias em que se apresenta em Lisboa e numa sala à sua medida, é ofuscado pelo festival Alive, a decorrer durante o fim de semana, onde actua Bob Dylan, nome maior da folk norte americana. É esta a misteriosa sina de Bonnie "Prince" Billy.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Um Dia a Caixa vem Abaixo, CAE - 27 e 28 de Junho
Numa sugestão de fim de semana, a Caixa Operária Económica, na Graça em Lisboa, apresenta a 2ª edição do festival Um Dia a Caixa Vem Abaixo, com um elenco que reúne nomes que se vão dizendo cada vez mais em voz alta. Do noise de Caveira ao hardcore de If Lucy Fell, passando pelo rock musculado dos Vicious 5 ou pelos afilhados lusos dos Strokes, os Pontos Negros, este cartaz é um roteiro completo para se saber o que se anda a fazer por essa Grande Lisboa fora (essencialmente).
Eu sei que não foram referidos, mas o meu voto vai para Lobster.
Eu sei que não foram referidos, mas o meu voto vai para Lobster.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Azevedo Silva, Maxime - 26 de Junho
Com assumidas influências da obra de Zeca Afonso, mas também, e isto acrescento eu, com uma porta aberta para os songwriters norte-americanos (vem-me à cabeça o nome de Joseph Arthur), Azevedo Silva traz para o Maxime o mais recente e recomendável Autista, um passo firme em relação ao já prometedor Tartaruga.
Entre outras qualidades, Autista tem essa interessante característica de poder ser obtido gratuitamente aqui.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Festival Med 2008
Não há fome que não dê em fartura. Portugal é um país pródigo em fenómenos e repetição de modas.
Os festivais de música são exemplo disso. De há uns tempos para cá, com a fórmula a resultar num lado, eles nascem como cogumelos pelo país fora.
Felizmente (ou não), temos a vantagem de pelo menos por cá, tentar haver uma aposta em géneros mais marginais. Além da febre de festivais de Jazz (que continua) tem também havido nos últimos anos uma aposta nas chamadas músicas do mundo, rótulo detestável e evitável.
O Festival Músicas do Mundo de Sines (lá está o nome outra vez) é um sucesso e comemora este ano o décimo aniversário e é sem dúvida a ele que se deve a cogumelização mais recente, embora não tenha sido o FMM o pioneiro. É um gosto ver a quantidade de gente e de festa que se reúne todos os anos no Castelo de Sines.
Um dos festivais que apareceu, em 2006, foi o Festival Med, em Loulé, no Algarve. E tem conseguido crescer e crescer bem. É, neste momento, um dos festivais mais importantes nesta onda e tem lugar esta semana, pelo centro histórico de Loulé, de 25 a 29 de Junho.
O cartaz principal é o seguinte:
Os festivais de música são exemplo disso. De há uns tempos para cá, com a fórmula a resultar num lado, eles nascem como cogumelos pelo país fora.
Felizmente (ou não), temos a vantagem de pelo menos por cá, tentar haver uma aposta em géneros mais marginais. Além da febre de festivais de Jazz (que continua) tem também havido nos últimos anos uma aposta nas chamadas músicas do mundo, rótulo detestável e evitável.
O Festival Músicas do Mundo de Sines (lá está o nome outra vez) é um sucesso e comemora este ano o décimo aniversário e é sem dúvida a ele que se deve a cogumelização mais recente, embora não tenha sido o FMM o pioneiro. É um gosto ver a quantidade de gente e de festa que se reúne todos os anos no Castelo de Sines.
Um dos festivais que apareceu, em 2006, foi o Festival Med, em Loulé, no Algarve. E tem conseguido crescer e crescer bem. É, neste momento, um dos festivais mais importantes nesta onda e tem lugar esta semana, pelo centro histórico de Loulé, de 25 a 29 de Junho.
O cartaz principal é o seguinte:
A não perder: Amadou & Mariam, Balkan Beat Box e os Masters Musicians of Jajouka, entre outros. Os Konono nº1 foram cancelados.
Mais informações em www.festivalmed.com.pt
Só a ressalva do quão curioso/abrangente é o conceito de world music que permite que os Zita Swoon sejam cabeças de cartaz numa noite!
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Old Jerusalem, Maxime - 21 de Junho
"Roubou" o nome a uma canção de Will Oldham (aliás Bonnie 'Prince' Billy) e mostra-se como um dos mais interessantes seguidores das paisagens sonoras de smog, Mark Kozelek, do próprio Oldham e tantos outros songwriters e contadores de histórias que abundam pelo norte do continente americano.
Com dois àlbuns editados e atingido um certo nível de consagração, tanto quanto se consegue no panorama alternativo em Portugal, Old Jerusalem regressa aos palcos este sábado no Maxime.
Com dois àlbuns editados e atingido um certo nível de consagração, tanto quanto se consegue no panorama alternativo em Portugal, Old Jerusalem regressa aos palcos este sábado no Maxime.
Feromona, Largo da Rosa - Mouraria, 21 de Junho
A banda dos irmãos Armés e de Bernardo Barata apresenta-se este sábado no Largo da Rosa, no bairro lisboeta da Mouraria. Ainda em clima de santos populares, o concerto é de entrada livre, tal como Uma Vida a Direito, o último trabalho da banda, que merece a escuta.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Lobster, Maxime - 11 de Junho
Uma das bandas mais activas do panorama nacional apresenta-se hoje no Maxime com Sexually Transmitted Electricity, o primeiro àlbum, ainda fresco, a provar que o modelo guitarra+bateria pode seguir caminhos distintos de White Stripes ou Black Keys.
A primeira amostra dos Lobster, Fast Seafood, editada pela Merzbau, está em download gratuito aqui.
A primeira amostra dos Lobster, Fast Seafood, editada pela Merzbau, está em download gratuito aqui.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Sunset Rubdown - Us Ones in Between
A qualidade do vídeo não é a melhor mas fica o aperitivo para domingo.
you are a waterfall waiting inside a well, you are a wrecking ball before the building fell.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
A Cantora Careca, Aula Magna do ISCTE
terça-feira, 3 de junho de 2008
Sunset Rubdown, ZdB - 8 de Junho
É díficil falar de Sunset Rubdown sem dissertar sobre a genialidade de Spencer Krug. Seria também demasiado óbvio fazer aqui referências a Swan Lake ou Wolf Parade. De qualquer forma, após ser varrido pelo vendaval que é Shut up i'm dreaming e já completamente siderado pelo último Random Spirit Lover, estou em condições de afirmar que este é, em potência, o concerto do ano. Enquanto não aterrarem cá os Wolf Parade, claro.
Dirty Projectors, ZdB - 6 de Junho
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Health, ZdB - 2 de Junho
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Soundtrack! no Braço de Prata
terça-feira, 20 de maio de 2008
Pavement - Terror Twilight
Dos Pavement alguém disse um dia que eram os progenitores do que hoje se conhece como movimento indie, por terem sido a primeira banda a gerar um culto considerável à sua volta sem fazer parte de uma editora major. Subejctividades à parte, é inegável que deixaram um legado que ainda hoje se mantém vivo, em parte graças a Stephen Malkmus e aos Silver Jews, para citar os mais óbvios.
Ao fazerem Terror Twilight, com produção de Nigel Godrich (o 6º Radiohead) e participação especial de Jonny Greenwood, os Pavement criaram talvez o seu àlbum mais subestimado. A essência da banda está lá. Das guitarras cortantes de um senhor auto-denominado Spiral Stairs às letras satíricas de Stephen Malkmus, que as debitava com o ar mais inocente do mundo: "beware the head of state says that she believes in leprechauns. Irish folk tales scare the shit out of me", dizia Malkmus em Folk Jam, a canção com o melhor uso de banjo da música contemporânea. Mas também isto é discutível.
Spit on a stranger abre o àlbum. Fica o vídeo.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
"Os Contemporâneos"
Sou um bocado suspeito para falar disto mas, depois de ontem ver um episódio completo, a minha opinião para já é bastante positiva e tem tendência a melhorar...
"Os Contemporâneos" passam na RTP1 aos domingos por volta das 21:30, que é como quem diz depois das "Escolhas de Marcelo".
A ver.
"Os Contemporâneos" passam na RTP1 aos domingos por volta das 21:30, que é como quem diz depois das "Escolhas de Marcelo".
A ver.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Till / Monomonkey no MusicBox, 17 de Maio
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Norberto Lobo no Chiado, 17 de Maio
terça-feira, 13 de maio de 2008
The Soaked Lamb - Cabaret Maxime, 16 de Maio
Editorial
Este blog nasce do ego de alguém que quer ver os seus gostos expostos. Que as suas paixões venham ao de cima e que gritem que são melhores que o resto. Gostaria de ter razões altruístas para abrir a porta da rua. Mas não tenho. Isto é o que se passa e, desavergonhadamente, é disto que gosto. Este é o cardápio das coisas que deixei por fazer e que agora tento compensar. E está aberto a considerações.
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